sábado, 23 de maio de 2009

COIMBRA ESTAMOS PRONTOS ? (6) : CONFIANÇA E RESPONSABILIDADE

A capacidade de fornecer serviços de excelência e com qualidade ao serviço dos cidadãos/munícipes não se coaduna com a falta de transparência e rigor no momento da contratação dos recursos humanos para o desenvolvimento do trabalho municipal.

A criação artificial de postos de trabalho desenhados à medida de certas pessoas, é um princípio revelador de falta de zelo perante os dinheiros e a coisa pública.

A ausência de critérios de mérito, ajustados às necessidades concretas de certas funções são indícios por demais evidentes de falta de responsabilidade e que minam a confiança absolutamente necessária a uma boa administração de bens públicos aos serviço dos cidadãos munícipes.

A exemplo dos últimos anos, e mais uma vez no mau sentido , Coimbra vem sendo sucessivamente referenciada como um péssimo exemplo por má gestão e péssimo cuidado na governancia da coisa pública, com cuidados menores ao nível ético, de transparência e rigor e para a qual contribui um líder fraco (na verdade confirma-se a secular frase : um Fraco Rei torna Fraca a Forte Gente ).

E sob este ponto de vista, é intolerável a manutenção do chefe máximo autarquico, que não olha a meios (muito menos a simples observância do Código Administrativo) para conseguir a manutenção de certas castas e arrogando-se também um presumível direito a promover a sua própria dinastia, e nesta medida, estamos perante alguém que isola de forma soez, a bondade de critérios indexados ao mérito.

A perseguição como forma de persuasão para seleccionar as pessoas e com necessidade de renovação de contratos, coloca à evidência a falta de verticalidade e isenção na gestão cuidada e séria dos elementos mais importantes de qualquer instituição – as pessoas.

Ao longo dos últimos tempos tenho vindo sucessivamente a erguer a voz (também em sede própria – A Câmara Municipal) contra aquilo que considero serem maus exemplos praticados pelo presidente da câmara de Coimbra – o homem de «o poder é solúvel», e que se deverá rever no espelho daquilo que então escreveu, embora, na verdade todos temos melhores opções em consumir o tempo em vez da leitura de fraca peça – ainda por cima do tipo «olha para o que eu digo».

Coimbra, deve exigir que os seus servidores públicos sejam exemplos de conhecimento, capacidades e atitudes, mas também de carácter, de valores, de causas e de forte personalidade. Mas para que isto seja possível é necessário exigir como fundamental o momento selecção e da contratação dos recursos humanos. É neste momento, que a instituição revela o respeito que é devido aos seus cidadãos, observando critérios com base no mérito e na verdadeira necessidade da função em apreço.

Não é justificável a contratação de recursos humanos, na CMC, nos SMTUC, nas Águas de Coimbra, no Turismo de Coimbra, com base no sentido de fortalecer lógicas de relacionamento baseadas nas amizades pessoais ou nas benesses reivindicadas pela lógica ou a «cor» , seja de que partido for.

A acção política local, só faz sentido, se permanentemente suportada por um relacionamento com os cidadãos em que o direito sim, mas igualmente a ética e a moral são valores perenes e acima de qualquer suspeita, e de inspecções das entidades fiscalizadoras. Coimbra, repito, tem o dever de voltar a ser uma Lição de e com Valores, e nesse sentido dar um sinal ao país que, tal como no passado, é capaz de contribuir, liderando pelo exemplo de uma revolta contra práticas obscuras, ilicítas, eivadas de má fé na relação de respeito e transparência que é devida aos seus cidadãos.

A capacidade de Coimbra se afirmar em contexto local, regional, nacional e internacional, só é possível, através de um Município de Excelência porque constituído por pessoas com alto sentido de ética, transparência e responsabilidade – dos verdadeiros servidores da causa e coisa públicas.

Qualquer acção de contratação de pessoas para o serviço publico autarquico, sem a observância de critérios de mérito e responsabilidade na verdadeira aderência à função, é uma falta de respeito atroz pelos cidadãos / munícipes, mas é também um momento para afirmação da sociedade civil, ao fazer valer a não alienação de valores fundamentais da ética como a confiança e a responsabilidade que Coimbra reclama, exige e que irá, estou certo, determinar em próxima oportunidade – que não está longe !.

Horácio Pina Prata
http://www.pinaprata.pt
http://twitter.com/pinaprata
http://pinaprata.blogspot.com

Sem comentários:

Enviar um comentário