segunda-feira, 2 de março de 2009

Coimbra : Estamos prontos ?

A confiança é a largura de banda da comunicação. No mundo actual, perante uma crise de confiança, que começa por ser uma crise de valores, deveremos estar preparados para repensar e reconstruir novas formas e estruturas de comunicação activa porque participada, lúcida e transparente.

De facto, uma diminuição da confiança significa que os tradicionais canais de comunicação directa (do aperto de mão) estão a perder o mérito (worth) e nesta perspectiva poderá estar a razão para o aumento da participação em redes sociais onde, não estando presente o «aperto de mão físico» deverá estar presente uma comunicação permanentemente justificada pela oportunidade de partilha de valores de outra natureza.

Os anteriores meios e métodos que reforçavam a ligação entre as pessoas, as empresas e as instituições estão em perda de significado útil, o que vai conduzir a uma nova ordem comunicacional, fundada em valores de sempre com ética, moral e direito mas que devem ser complementados por uma «praxis» de saber-fazer prático, permanentemente escrutinado, mediatizado e avaliado como forma de manter a tal largura de banda (DA CONFIANÇA ) necessária ao equilíbrio de uma sociedade ao mesmo tempo livre, mas sobretudo preocupada com o bem estar e a sustentabilidade social, económica, política, tecnológica e eco-ambiental.

Aos sistemas de poder actual, cabe reforçar os mecanismos de regulação à escala global, mas também nacional e local sendo que tal significará um sinal de defesa dos valores de transparência no sentido da justa exposição dos actos e dos factos que contribuem para a coesão e o crescimento com desenvolvimento de uma sociedade.

E Coimbra ? ... Estamos prontos ?

Coimbra, outrora «Uma Lição», não pode, não deve furtar-se a um exercício de reflexão sobre os actos e os factos do mundo actual, pelo que tal não deve significar um alijar de responsabilidades próprias, pela parca influência e mesmo ausência de uma sociedade civil que não sendo obviamente a única e exclusiva culpada pela crescente perda de influência ao nível do pensamento actual, já o mesmo se não poderá dizer no refúgio à simples observação do exercício de poderes que localmente lhe competem, pela afirmação de uma nova cidadania em rede participativa da transparência, expurgada de activos tóxicos de natureza dinástica, suportada em redes de amigos de «amizade duvidosa».

Horácio Pina Prata

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